Ruy Cinatti


OS CAMPOS ESTÃO DESERTOS

Os campos estão desertos
Onde outrora floresciam aldeias,
E ecos de sinos dobrando-se às colinas,
Soluçando o silêncio dos pinhais.

Tempo de solares e mesas postas,
Burburinho e cantos matinais.

Hoje silva o comboio e, indiferentes,
Dedos apontam o muro engrinaldado:
"Ali foi . . .", mas já o rio surge.
O comboio estremece as fundações da ponte.
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