Ruy Cinatti


LINHA DE RUMO

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Encontro-me parado. . .
Olho em redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.

Tanto tempo perdido . . .
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campos de flores
E silvas . . .

Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.
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