Pintada por um alfarrero,
debaixo dos cardos maciços,
Tonalá é uma cidade poblana,
agachada na terra,
vestida de barro cinzento, de chita e miçanga,
fazendo tibore e pratos de argila.
Nossa Senhora de Guadalupe ri em toso os nichos,
com grandes olhos de vidro e bochechas
rosadas,
para as indiazinhas que mordem tamales
e para os gorriones que brinca de esconder
com o sol nas hortas verdes.
Em cada pátio a louça crua estala na luz,
na luz de Jalisco intrigante, plebéia,
que salta nas sombras
pula nos muros
molha-se nos charcos
e cai das árvores
como as tunas maduras,
e baila no chão
rola
ciranda