'O coração da infância', eu lhe dizia,
'É manso.' E ele me disse:—'Essas estradas,
Quando, novo Eliseu, as percorria,
As crianças lançavam-me pedradas...'
Falei-lhe então na glória e na alegria;
E ele—alvas barbas longas derramadas
No burel negro—o olhar somente erguia
Às cérulas regiões ilimitadas...
Quando eu, porém, falei no amor, um riso
Súbito as faces do impassível monge
Iluminou... Era o vislumbre incerto,
Era a luz de um crepúsculo indeciso
Entre os clarões de um sol que já vai longe
E as sombras de uma noite que vem perto!...