Quando morta a f'licidade,
A fé expira também!
Saudades de que se nutrem?
Os suspiros, que alvo têm?
Morta a fé, vai-se a esperança;
Como pois, viver pudera
Saudade que não tem crença,
Saudade que desespera?
Onde as graças do passado,
Se altivo gênio sanhudo
O cepticismo nos brada,
Foi mentira, engano tudo?
Em nada creio do mundo:
Ludíbrio da desventura,
A felicidade me acena
Só de um ponto - a sepultura.
Morreram minhas saudades,
E nem suspiros calados
Dentro d'alma pouco a pouco
Vão morrendo sufocados.