Dizem que, às vezes, quer se achar bonito,
mas, nem sendo Amadeu e sendo amado,
mas muito amado mesmo, eu não hesito:
se não é feio é bem desengraçado.
Entretanto se o vejo (isto é esquisito)
através de um soneto burilado,
e mais que belo, afirmo em alto grito,
é o próprio Apolo que lhe fica ao lado.
Mais comprido que a universal história,
este Leconte, com seu ar caipira,
me deixa uma impressão nada ilusória.
Quando ele ao alto a inspiração atira,
com a cabeça a topar no céu da glória,
é um guindaste a guindar a própria lira.