Como é bela a mentira quando nasce
de uma formosa boca feminina!
Nem nos faz o rubor subir à face,
tanto é discreta, delicada e fina.
Se o que a Monna declara, declarasse
o Belisário Távora, imagina
o leitor que esta coisa assim ficasse,
sem protestos da crítica ferina?
À Delza agradecemos a carícia
das suas doces impressões de viagem,
nas quais não há nem sombras de malícia.
Mas cá no seio da camaradagem,
se assim fosse, que glória a da polícia
e que vergonha para a gatunagem!