Amigos, tolerai o meu assunto,
(sempre vivi do sofrimento alheio).
Relevai, que as promessas de um defunto
são coisa inda invulgar no vosso meio.
Apesar do meu cérebro bestunto,
o elo que nos unia, conservei-o,
como a quase saudade do presunto,
que nutre um corpo empanturrado e feio.
Espero-vos aqui com as minhas festas,
nas quais, porém, o vinho não explode,
nem há cheiro de carnes ou cebolas.
Evitai as comidas indigestas,
pois na hora do "salva-se quem pode",
muita gente nem fica de ceroulas…