Nessas paragens desoladas, onde
O silêncio campeia soberano
Morreram notas do bulício humano,
Nem vibra a corda que a saudade esconde.
Anseios d'alma aqui se perdem. Donde
Fluiu outrora a luz dum doce engano,
Hoje é trevas, é dor, é desengano,
E eu ergo preces que ninguém responde.
Triste criança virginal, quem dera
Voar est'alma a ti, longe dos laços
Dessa jaula de carne que a encarcera!
Ah! Que unidos assim, lá nos espaços,
Cantarias do amor a primavera,
Tendo a minh'alma presa nos teus braços!