Artur Azevedo

7 July 1855 - 22 October 1908 / Maranhão

Impressões de Teatro

Que dramalhão! Um intrigante ousado,
Vendo chegar de longa ausência o conde,
Diz-lhe que a pobre da condessa esconde
No seio o fruto de um amor culpado.

Naturalmente o conde fica irado
— O pae que é? Pergunta — Eu lhe responde
Um jovem que entra. — Um duelo! — Sim! Quando? Onde?—
No encontro morre o amante desgraçado.

Folga o intrigante... Porem surge um mano
E, vendo morto o irmão, perde a cabeça:
Crava um punhal no peito do tirano.

É preso o mano, mata-se a condessa,
Endoidece o marido, e cai o pano,
Antes que outra catástrofe aconteça.
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