Antonio de Castro Alves

14 March 1847 – 6 July 1871 / Curralinho

Despertar Pare Morrer

— 'Acorda!'
— 'Quem me chama?'
— 'Escuta!'
— 'Escuto...'
— 'Nada ouviste?'
— 'Inda não...'
— 'É porque o vento Escasseou.'
— 'Ouço agora... da noite na calada
Uma voz que ressona cava e funda...
E após cansou!'
— 'Sabes que voz é esta?'
— 'Não! Semelha
Do agonizante o derradeiro engasgo,
Rouco estertor...'
E calados ficaram, mudos, quedos,
Mãos contraídas, bocas sem alento...
Hora de horror!...
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