Já socega, depois de tanta lucta,
Já me descança em paz o coração.
Cahi na conta, emfim, de quanto é vão
O bem que ao Mundo e á Sorte se disputa.
Penetrando, com fronte não enxuta,
No sacrario do templo da Illusão,
Só encontrei, com dôr e confusão,
Trevas e pó, uma materia bruta...
Não é no vasto mundo--por immenso
Que elle pareça á nossa mocidade--
Que a alma sacia o seu desejo intenso...
Na esféra do invisivel, do intangivel,
Sobre desertos, vacuo, soledade,
Vôa e paira o espirito impassivel!