Toda aquela mulher tem a pureza
Que exala o jasmineiro no perfume,
Lampeja seu olhar nos olhos negros
Como, em noite d'escuro, um vagalume...
Que suave moreno o de seu rosto!
A alma parece que seu corpo inflama...
Ilude até que sobre os lábios dela
Na cor vermelha tem errante chama...
E quem dirá, meu Deus! que a lira d'alma
Ali não tem um som — nem de falsete!
E, sob a imagem de aparente fogo,
É frio o coração como um sorvete!